domingo, 23 de agosto de 2009

Capítulo 10

Depois de mais alguns beijos, desci do carro e entrei.

Minha mãe estava na sala a minha espera:
- Minha filha, porque tão tarde? Onde vocês foram?
- Mãe, não se preocupe, fomos apenas em um barzinho tomar alguma coisa e dançar. Não aconteceu nada. Você confia em mim ou não?
- Claro filha, mas sabe como é, hoje em dia o mundo é tão cheio de maldades e fiquei preocupada. Mas, me conte tudo, como foi?

- Ah mãe! Nunca me senti assim antes, ele é formidável, um cavalheiro!


Ficamos conversando por mais de uma hora, então, o sono chegou e fomos nos recolher.
Deitei, mas não conseguia dormir, sorria sozinha no escuro do quarto, minha mente fervilhava com pensamentos e emoções, até o sono vencer.

O sábado amanheceu nublado, mas sem chuva e com temperatura agradável. Logo após o almoço, o telefone tocou. Era ele.
Passou em casa pontualmente no horário marcado e agora me sentia bem mais à vontade em meu próprio agasalho e tênis. Veio de carro e não de moto.

Seguindo o mesmo ritual, desceu do carro e abriu a porta.

- Pensei que iríamos de moto.

- Não, a moto eu deixo na Base, pois uso somente lá.

Percebi que em seu banco traseiro havia uma roupa de couro colorida e fiquei curiosa:
- Você usa essa roupa especial de cross?

- Uso, e você também vai usar. Quando chegar lá você verá porque.

Meu coração quase saiu pela boca. Meu Deus! Teria que enfrentar aquele passeio de moto. Tive vontade de desistir, mas jamais faria isso. Iria até o fim.


Chegamos na base e fomos na tal pista de cross, então pude entender o porquê da roupa de couro... rsrsrs... Aquela pista era puro barro, uma lama sem fim ...rsrsr...Outros motoqueiros já estavam por lá, todos oficiais da Base Aérea. Alguns acompanhados. Vesti a tal roupa, me senti uma astronauta dentro daquilo, mas confesso, a roupa dava mais segurança. Fomos para a lama.
Chegamos na base e fomos na tal pista de cross, então pude entender o porquê da roupa de couro... rsrsrs... Aquela pista era puro barro, uma lama sem fim ...rsrsr...

Outros motoqueiros já estavam por lá, todos oficiais da Base Aérea. Alguns acompanhados. Vesti a tal roupa, me senti uma astronauta dentro daquilo, mas confesso, a roupa dava mais segurança. Fomos para a lama.

Incrível, mas nunca me diverti tanto. A lama espirrava por todos os lados e tive uma verdadeira aula de equilíbrio, pois o carona deve saber jogar o corpo se não pode colocar tudo a perder e até provocar uma queda. A perícia do Douglas como piloto de moto era exata, tudo saiu perfeito.
Saímos da pista e fomos ao vestiário. Tomei banho e troquei a roupa. Todos se dirigiram ao Cassino e ficamos batendo papo, conversando por horas.
Já era noite quando retornei e minha mãe, como sempre, à minha espera. Contei tudo como foi e percebia nos olhos dela a admiração pelo meu novo "ficante". Pois não sabia definir se aquilo era "namoro ou amizade."... rsrsrs...
Não havíamos combinado nada para o domingo então aproveitei o dia para estudar e colocar as matérias da faculdade em dia.",

Um comentário:

  1. Pra quem não gosta de cross, até que a Bia se saiu bem. Mesmo num terreno barrento como esse. Vamos ver onde isso vai parar! Como disse, estou "segurando" sua história; para não chegar no fim tão cedo!

    ResponderExcluir