domingo, 23 de agosto de 2009

Capítulo 8

O carro estava estacionado em frente. Douglas saiu do carro e veio abrir a porta.
Nunca ninguém havia feito isso antes. Abriu a porta do carro com o sorriso mais lindo que se possa imaginar. Entrei e sentei. Que conforto, que perfume agradável, bem diferente do Opala, que cheirava a gasolina com óleo queimado.

Ele entrou no carro, olhou direto em meus olhos e veio suavemente em minha direção, dando um delicado beijo na face, quase encostando seus lábios no meu. Não consegui abrir a boca, estava em estado de choque total. Ele estava realmente lindo com aquela blusa pólo azul e calça jeans. Seu cabelo curtinho todo penteado e a pele do rosto suave. Ele percebeu meu nervosismo e com a voz mais doce do mundo falou:
- Você está linda e seu perfume ... humm... deixe-me adivinhar... Aqua Fresca do Boticário, acertei?

Acertou em cheio, mas isso era fácil, pois todas usavam esse perfume, estava na moda. Isso mostrava que já estava acostumado com o perfume. Novamente a voz de minha mãe ecoava em minha mente: "esses são os mais perigosos".

- É você acertou, mas o seu também é uma delícia. Mas nem vou tentar adivinhar, não conheço perfumes masculinos.
Sorrimos, ficamos ali, parados, apenas nos olhando, parece que o mundo parou de girar. Então, nossos lábios foram se aproximando e aquela boca macia e quente envolveu a minha. Que beijo doce, gostoso. Meu coração parecia uma bomba, qualquer hora iria explodir, de tantos pulos dentro do peito.
Devagar, nossos lábios se afastaram e sem dizer nada, ligou o carro e saímos. Já na esquina ele se virou e falou sobre o filme:
- Você tem alguma sugestão? Qual tipo de filme você prefere?
Então, um pouco mais calma e recuperada daquilo tudo, mal consegui responder:
-Nem sei os filmes que estão passando, mas adoro filme de aventura. Será que tem algum?
- Ótimo, também adoro filmes de ação. Tem um no cine São José, falaram que é muito bom. Vamos nesse, certo?
- Ok, é nesse mesmo.

Então, já mais tranqüila e me sentindo mais à vontade, fomos conversando. Era impressionante a delicadeza, a educação e a inteligência. Fiquei ouvindo-o contar como havia me visto a primeira vez:

- Estava lá conversando com a Sandra, da RBS, e de repente observei uma moça esticando os cabos dos aeromodelos, não acreditei que uma moça bonita pudesse se interessar por aquilo e fiquei ali, queria ver se você pilotava bem mesmo e olha, fiquei impressionado, quero você na minha equipe de vôo.
Caímos na risada, então, aproveitei e falei sobre os nossos aeromodelos e os eventos que nossa associação tinha para esse ano. E assim foi durante todo o caminho, ele realmente se mostrava interessado no meu papo, ouvia com atenção e fazia perguntas.

Chegamos em nosso destino, cinema. Estacionamos ao lado do teatro, próximo ao Cine São José.
Ele comprou os ingressos e entramos. Estava lotado, mas com a ajuda do famoso "lanterninha", conseguimos boas poltronas.
Ele comprou os ingressos e entramos. Estava lotado, mas com a ajuda do famoso "lanterninha", conseguimos boas poltronas.

Um comentário:

  1. Que bacana sua história Vandinha! Vamos ver se o Primeiro beijo nasce dentro da sala do Cine São José. "Ele entrou no carro, olhou direto em meus olhos e veio suavemente em minha direção, dando um delicado beijo na face, quase encostando seus lábios no meu".Você é bem detalhista em sua história. Continuo acompanhando. Ah escreva outras, porque vou terminar de ler este romance logo rsrsrs...
    Brincadeira!

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